sábado, 21 de novembro de 2015

Call of Duty Black Ops III

O ano é 2065. Sob fogo cerrado, dois soldados se arrastam por trás de destroços. Procurando se recuperar antes de lançarem o próximo ataque, os dois guerreiros fazem contato visual. "Como nos velhos tempos?" E, com isso, um deles salta no ar, estende um braço mecânico e libera uma onda de energia da palma de sua mão, sobrecarregando os circuitos do robô bípede agressor, que é violentamente lançado para trás.
   Nada a ver com os velhos tempos, então. Eles foram substituídos por uma nova era de combate, em que soldados com implantes robóticos estão mais rápidos, resistentes e letais. Parece exagerado? Não deveria. Na vida real, soldados que perderam membros em combate ganham substitutos mecânicos tão perfeitos que retomam normalmente suas vidas civis. Em 2014, a primeira pessoa com prótese foi aprovada para retornar ao serviço militar.

EXÉRCITO DE ROBÔS: 
   Black Ops III se passa em 2065, uma época em que membros aprimorados deixaram de ser exclusividade de soldados feridos no campo de batalha e são usados também por combatentes saudáveis, que optam em tê-los a fim de obter vantagens na luta. E não estamos falando apenas de membros robóticos. A visão do futuro de Black Ops III prevê que, na segunda metade do século 21, soldados terão implantes na coluna que darão aos companheiros a capacidade de conectar seus cérebros e buscar soluções em conjunto sem que uma palavra seja dita. Não há lugar para velhos combatentes nessa nova arena.
   A principal questão que a trama do jogos levanta sai direto da ficção científica: até onde podemos ir na estrada que mistura homem e máquina, antes que não sobre nada de humano em nós? Acha que a alucinação de Reznov no primeiro Black Ops bagunçou com o seu cérebro? Você ainda não viu nada.
   Em uma grande mudança na série Call of Duty, que até hoje tinha campanhas singleplayer extremamente lineares, as fases tornaram-se amplas áreas repletas de surpresas e segredos. Elas são construídas com o objetivo de incentivar novas visitas e partidas. Na realidade, o novo game segue o modelo Netflix de consumo de conteúdo, abrindo todas as fases para seleção no momento em que você coloca o disco no Xbox One.

NINGUÉM FICA PARA TRÁS: 
Em parte, a mudança se deve ao fato de Black Ops III focar no modo cooperativo e a Treyarch facilitar para que os amigos joguem juntos, independente do ponto em que estiverem na história. Mas também é um sinal de que as fases foram desenhadas para serem revisadas depois que você subir de nível e destravar novas habilidades e armas, com as quais o cenário é novamente vasculhado em busca de mais coisas.
   Não deveríamos ficar surpresos pelo game ser estruturado dessa maneira. O diretor da campanha Jason Blundelt também é responsável por plantar e emaranhado de segredos no modo cheio de estrelinhas chamados Zombies. "O que fizemos foi pegar a complexidade dos enredos de Black Ops II e condensar tudo em uma narrativa. Se você curte zumbis e procura pelo significado mais profundo das coisas, tem que jogar a campanha de Black Ops III."
 

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